O famoso guru da empresa de consultoria McKinsey, Kenichi Ohmae, teria dito nos finais dos anos 90 que “Os estados-nações converteram-se em unidades de operações artificiais, inviáveis mesmo em uma economia mundial”, ao tempo que num ufanismo quase religioso sentenciava e enviava para a lixeira da história as identidades nacionais, sepultadas por uma nova era utilitarista e sem ideologias ou, como diria Peter Drucker no seu livro “A Sociedade Pós-Capitalista”, que a obsolescência do estado significava um novo mundo sem crenças coletivas e baseado na economia global de mercado.
A civilização entrou no terceiro milênio descobrindo que o processo neoliberal tanto alardeado, não passa de um despotismo estrutural que reproduz a tradição ideológica do liberalismo econômico do século 19, que sempre tentou impor as forças irresistíveis do mercado sobre a soberania política das nações. Entretanto, a onda de corrupção que atingiu os estados na década de 90 coincide com a aplicação de uma estratégia neoliberal - estreito noivado entre os delinqüentes públicos e a globalização - que causaram uma violenta concentração de renda por parte de grupos privados não muito longe das organizações criminosas.
A criminalidade que se aprofunda no tecido social constituí-se numa teia de vínculos complexos entre as elites financeiras, políticos corruptos, traficantes de drogas e quadrilhas de delinqüentes internacionais. A ampla rede de parasitismo mundial numa escala jamais vista na história da humanidade é a hospedeira de seres monstruosos incapazes de qualquer ato civilizado. No leste europeu e na antiga União Soviética, a entrada desenfreada na economia de mercado provocou uma intensa decomposição cultural que propiciou a expansão da criminalidade. Em menos de uma década, o complexo urbano de Buenos Aires passou a ser um território ocupado por criminosos tão devastadores como as antigas ditaduras militares. A mesma situação pode ser vista no resto de América latina, onde grandes contingentes da população mais carente transformaram o crime num modo de sobrevivência, enquanto as classes sociais mais privilegiadas usam as artimanhas do roubo institucionalizado na mais gritante impunidade.
Segundo um relatório da ONU de 1990, as atividades criminosas das redes mafiosas mundiais produziram uma renda anual de um trilhão de dólares, produto de narcotráfico, tráfico de armas, prostituição, jogo clandestino e contrabando em escala infinita. No entanto, se somarmos a esta assustadora estatística os próprios negócios legais que servem para realizar lavagem de dinheiro ilícito, chega-se a valores em torno de quatro trilhões de dólares, o que significa aproximadamente 13% do Produto Mundial Bruto.
Enquanto milhões de seres humanos continuam esperado pelas promessas da “emancipação social” de Peter Drucker ou de Francis Fukuyama, um novo panorama começa a se esboçar na sombra autoritária das empresas globais, um mundo que vai se esfumando na desumanidade sem futuro.
A civilização entrou no terceiro milênio descobrindo que o processo neoliberal tanto alardeado, não passa de um despotismo estrutural que reproduz a tradição ideológica do liberalismo econômico do século 19, que sempre tentou impor as forças irresistíveis do mercado sobre a soberania política das nações. Entretanto, a onda de corrupção que atingiu os estados na década de 90 coincide com a aplicação de uma estratégia neoliberal - estreito noivado entre os delinqüentes públicos e a globalização - que causaram uma violenta concentração de renda por parte de grupos privados não muito longe das organizações criminosas.
A criminalidade que se aprofunda no tecido social constituí-se numa teia de vínculos complexos entre as elites financeiras, políticos corruptos, traficantes de drogas e quadrilhas de delinqüentes internacionais. A ampla rede de parasitismo mundial numa escala jamais vista na história da humanidade é a hospedeira de seres monstruosos incapazes de qualquer ato civilizado. No leste europeu e na antiga União Soviética, a entrada desenfreada na economia de mercado provocou uma intensa decomposição cultural que propiciou a expansão da criminalidade. Em menos de uma década, o complexo urbano de Buenos Aires passou a ser um território ocupado por criminosos tão devastadores como as antigas ditaduras militares. A mesma situação pode ser vista no resto de América latina, onde grandes contingentes da população mais carente transformaram o crime num modo de sobrevivência, enquanto as classes sociais mais privilegiadas usam as artimanhas do roubo institucionalizado na mais gritante impunidade.
Segundo um relatório da ONU de 1990, as atividades criminosas das redes mafiosas mundiais produziram uma renda anual de um trilhão de dólares, produto de narcotráfico, tráfico de armas, prostituição, jogo clandestino e contrabando em escala infinita. No entanto, se somarmos a esta assustadora estatística os próprios negócios legais que servem para realizar lavagem de dinheiro ilícito, chega-se a valores em torno de quatro trilhões de dólares, o que significa aproximadamente 13% do Produto Mundial Bruto.
Enquanto milhões de seres humanos continuam esperado pelas promessas da “emancipação social” de Peter Drucker ou de Francis Fukuyama, um novo panorama começa a se esboçar na sombra autoritária das empresas globais, um mundo que vai se esfumando na desumanidade sem futuro.
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