O presidente eleito dos EUA, Barack Obama propõe um enorme pacote de gastos e redução de impostos, de modo a estimular a economia de seu país. Por outro lado, a oposição republicana teme que tal iniciativa abra caminho para uma nova era de gastos públicos descontrolados. Tal discurso resulta irônico para um governo que transformou a liberdade irrestrita do mercado, apesar dos riscos, numa fórmula única. A reunião do grupo dos 20, que aconteceu em novembro de 2008, e reuniu os países industrializados com os emergentes que procuram um lugar ao sol, nem sequer cogitou na agenda de reunião, por parte do governo Bush, a alternativa da aplicação de políticas públicas utilizando a máquina do Estado.
Só a pressão de Obama parece ter influenciado para que o resgate passe parcialmente pelos setores de classe média que ficaram prisioneiros do descomunal desastre. O sucessor de Bush, que assumirá a presidência alavancada pela crise, evidenciada pela impotência dos altos setores conservadores para deter-lo, força uma mudança de rumo que seguramente abandonará o caminho que converteu os Estados Unidos na vitrine de uma tragicomédia econômica.
Jorge Walker Bush deixa a presidência com uma descomunal dívida interna e um déficit fiscal de mais de dez bilhões de dólares. Segundo os dados do Escritório de Censo de População, durante a gestão do governo republicano, o número de norte-americanos que vivem na pobreza, cresceu 28% entre 2000 e 2006. O informe do Ministério de Agricultura sobre a segurança alimentar, registra que mais de 35 milhões de pessoas sobre o total da população que habita os Estados Unidos (300 milhões) sofrem fome crônica. Desse total, 12,6 milhões são crianças, ou seja, 20% da população infantil norte-americana. Segundo os dados da Central Obreira AFL-CIO, os ingressos reais de um trabalhador foram mais baixos em 2005 do que em 1973. Os salários reais cresceram 9% desde 1979, enquanto a produtividade durante esse período cresceu 67%. Desse modo, em 2006 existiam cinco milhões de pobres a mais do que em 2000, início do governo Bush. Tal cifra inclui um milhão de crianças.
O panorama atual, na véspera de sua saída, mostra que o ingresso nacional concentrado nos 20% mais ricos, chegou a 50,4%, a maior acumulação registrada desde 1967. Por outro lado, o 20% mais pobre divide o 3,4% dos ingressos. Difícil de acreditar no país do Mickey?
O Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento – PNUD verificou que o dinheiro empregado na invasão do Afeganistão e Iraque seria suficiente para acabar duas vezes com a fome no mundo. Nem sequer o Tio Patinhas seria capaz de orquestrar tamanha tragédia humana apenas para ganhar dinheiro.
Só a pressão de Obama parece ter influenciado para que o resgate passe parcialmente pelos setores de classe média que ficaram prisioneiros do descomunal desastre. O sucessor de Bush, que assumirá a presidência alavancada pela crise, evidenciada pela impotência dos altos setores conservadores para deter-lo, força uma mudança de rumo que seguramente abandonará o caminho que converteu os Estados Unidos na vitrine de uma tragicomédia econômica.
Jorge Walker Bush deixa a presidência com uma descomunal dívida interna e um déficit fiscal de mais de dez bilhões de dólares. Segundo os dados do Escritório de Censo de População, durante a gestão do governo republicano, o número de norte-americanos que vivem na pobreza, cresceu 28% entre 2000 e 2006. O informe do Ministério de Agricultura sobre a segurança alimentar, registra que mais de 35 milhões de pessoas sobre o total da população que habita os Estados Unidos (300 milhões) sofrem fome crônica. Desse total, 12,6 milhões são crianças, ou seja, 20% da população infantil norte-americana. Segundo os dados da Central Obreira AFL-CIO, os ingressos reais de um trabalhador foram mais baixos em 2005 do que em 1973. Os salários reais cresceram 9% desde 1979, enquanto a produtividade durante esse período cresceu 67%. Desse modo, em 2006 existiam cinco milhões de pobres a mais do que em 2000, início do governo Bush. Tal cifra inclui um milhão de crianças.
O panorama atual, na véspera de sua saída, mostra que o ingresso nacional concentrado nos 20% mais ricos, chegou a 50,4%, a maior acumulação registrada desde 1967. Por outro lado, o 20% mais pobre divide o 3,4% dos ingressos. Difícil de acreditar no país do Mickey?
O Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento – PNUD verificou que o dinheiro empregado na invasão do Afeganistão e Iraque seria suficiente para acabar duas vezes com a fome no mundo. Nem sequer o Tio Patinhas seria capaz de orquestrar tamanha tragédia humana apenas para ganhar dinheiro.
Victor Alberto Danich - Sociólogo