Os filósofos da antiguidade suspeitavam da magnitude cósmica. Tanto, que naquela época já se conjeturava sobre sua própria finitude. Em 56 a.C., o filósofo Lucrécio argumentava que se o universo fosse finito, alguma coisa existiria além dele. Nesse caso, o que isso quer dizer? A definição encontra-se no próprio conceito de universo. Se ele significa tudo, esse tudo também deve estar além das fronteiras. Foi Albert Einstein que lançou uma nova idéia sobre a finitude do universo. A proposta da teoria da relatividade geral, de que o universo poderia ser finito mas sem limites, deixou muitas pessoas desconcertadas. Um Universo finito curvado num espaço tridimensional, com uma superfície em forma de bola, no qual circulam objetos ou seres em diferentes direções sem encontrar nunca uma fronteira, é uma idéia abrumadora.
Entretanto, as evidências deixadas pelo calor da explosão primordial ou big-bang, nos sugere a existência de um Universo sem limites em constante expansão. Nessa magnitude cósmica sem fronteiras, é possível que ocorram possibilidades infinitas de fatos além da nossa imaginação. Uma delas seria, a milhões de anos luz, a possibilidade da existência de infinidades de universos paralelos, cópia fiel do nosso ou totalmente diferentes.
A descoberta de que um vasto número de ondas indica a existência simultânea de diferentes estados para as partículas, poderia ser a prova de que há um número ilimitado de universos paralelos ao nosso. A física atual sustentada na teoria quântica, mostra-nos que o universo conhecido é apenas uma parte de um multiverso com características próprias de energia e matéria. Alguns cosmólogos consideram os diferentes universos paralelos como um fenômeno totalmente isolado de nós, já que parecem ter uma dinâmica própria e uma distância exorbitante. Em contrapartida, a teoria quântica argumenta que esses universos estão muito mais próximos do que imaginamos, já que criam efeitos de “interferência” através de ondas no universo do qual fazemos parte. Tal vez o aparecimento de espíritos ou seres sobrenaturais, que tanto nos assombram, sejam apenas nossas réplicas, as quais vivem nos múltiplos universos paralelos, e que, de uma forma ou outra, tentam entrar em contato conosco através de ondas de interferência produzidas pelo “fóton solitário”. Essa forma elegante de dizer que não há nada além do que forças físico-químicas que alteram nossa existência, provavelmente sejam as provas irrefutáveis da origem das espécies, que permita definitivamente escolher o futuro possível da humanidade, livre de deuses e demônios.
Victor Alberto Danich
Sociólogo
Publicado no Jornal O Correio do Povo, p.10 (20/08/2008)
Entretanto, as evidências deixadas pelo calor da explosão primordial ou big-bang, nos sugere a existência de um Universo sem limites em constante expansão. Nessa magnitude cósmica sem fronteiras, é possível que ocorram possibilidades infinitas de fatos além da nossa imaginação. Uma delas seria, a milhões de anos luz, a possibilidade da existência de infinidades de universos paralelos, cópia fiel do nosso ou totalmente diferentes.
A descoberta de que um vasto número de ondas indica a existência simultânea de diferentes estados para as partículas, poderia ser a prova de que há um número ilimitado de universos paralelos ao nosso. A física atual sustentada na teoria quântica, mostra-nos que o universo conhecido é apenas uma parte de um multiverso com características próprias de energia e matéria. Alguns cosmólogos consideram os diferentes universos paralelos como um fenômeno totalmente isolado de nós, já que parecem ter uma dinâmica própria e uma distância exorbitante. Em contrapartida, a teoria quântica argumenta que esses universos estão muito mais próximos do que imaginamos, já que criam efeitos de “interferência” através de ondas no universo do qual fazemos parte. Tal vez o aparecimento de espíritos ou seres sobrenaturais, que tanto nos assombram, sejam apenas nossas réplicas, as quais vivem nos múltiplos universos paralelos, e que, de uma forma ou outra, tentam entrar em contato conosco através de ondas de interferência produzidas pelo “fóton solitário”. Essa forma elegante de dizer que não há nada além do que forças físico-químicas que alteram nossa existência, provavelmente sejam as provas irrefutáveis da origem das espécies, que permita definitivamente escolher o futuro possível da humanidade, livre de deuses e demônios.
Victor Alberto Danich
Sociólogo
Publicado no Jornal O Correio do Povo, p.10 (20/08/2008)
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