O conceito neoliberal de que o Estado deve ser mínimo e o mercado absoluto, se desvanece perante a crise atual dos Estados Unidos, donos de tal discurso. Recordam? “Faça o que eu digo e não faça o que eu faço” Por que tal comentário? Os EUA são os maiores devedores do planeta, com déficits gigantescos em seu orçamento público e sua balança comercial, enquanto dependem do financiamento do resto do mundo para se manter de pé.
Para entender a crise no mercado imobiliário norte-americano, devemos fazer um pouco de história. Durante 2002, por causa da redução da taxa de juros, houve um crescimento do mercado imobiliário através da venda de casas a juros baixíssimos e uma gigantesca especulação financeira ao redor dele. Esgotado o potencial de venda de novas casas para consumidores com condições de pagamento, as financeiras estenderam para os que não podiam pagar. As pessoas eram convencidas a fazerem negócio, porque depois da compra, com o aumento do preço das casas, resultado da procura cada vez maior, refaziam a hipoteca com um preço mais alto e ganhavam dinheiro. Por outro lado, os bancos transformavam essas dívidas em títulos do mercado financeiro que se negociavam no mundo todo.
Vocês se lembram? Assim funcionam as “pirâmides” que os picaretas fazem em qualquer lugar. São aquelas que se ampliam, na qual as pessoas ganham dinheiro até que param de crescer. Os últimos a entrar na história são os que perdem tudo. Conseqüências? Quando não havia mais a quem vender, estourou a crise. Os bancos que patrocinaram tal carnaval financeiro sofreram perdas brutais, além das corretoras e famosas empresas de consultoria, chamadas pelo presidente Lula de “palpiteiros”. A revista Veja, defensora inconfessável do modelo neoliberal, cita o governo Bush como a tropa de choque que está tentando evitar a crise, no melhor estilo intervencionista, escondendo que a mesma é resultado da própria ideologia liberal, resumida nas palavras de um de seus intérpretes, Ronald Reagan, que dizia: "o governo não é a solução, mas sim o problema". Se o presidente hollywoodiano estivesse vivo, diria: “Esqueçam o que falei”.
Victor Alberto Danich
Sociólogo
Para entender a crise no mercado imobiliário norte-americano, devemos fazer um pouco de história. Durante 2002, por causa da redução da taxa de juros, houve um crescimento do mercado imobiliário através da venda de casas a juros baixíssimos e uma gigantesca especulação financeira ao redor dele. Esgotado o potencial de venda de novas casas para consumidores com condições de pagamento, as financeiras estenderam para os que não podiam pagar. As pessoas eram convencidas a fazerem negócio, porque depois da compra, com o aumento do preço das casas, resultado da procura cada vez maior, refaziam a hipoteca com um preço mais alto e ganhavam dinheiro. Por outro lado, os bancos transformavam essas dívidas em títulos do mercado financeiro que se negociavam no mundo todo.
Vocês se lembram? Assim funcionam as “pirâmides” que os picaretas fazem em qualquer lugar. São aquelas que se ampliam, na qual as pessoas ganham dinheiro até que param de crescer. Os últimos a entrar na história são os que perdem tudo. Conseqüências? Quando não havia mais a quem vender, estourou a crise. Os bancos que patrocinaram tal carnaval financeiro sofreram perdas brutais, além das corretoras e famosas empresas de consultoria, chamadas pelo presidente Lula de “palpiteiros”. A revista Veja, defensora inconfessável do modelo neoliberal, cita o governo Bush como a tropa de choque que está tentando evitar a crise, no melhor estilo intervencionista, escondendo que a mesma é resultado da própria ideologia liberal, resumida nas palavras de um de seus intérpretes, Ronald Reagan, que dizia: "o governo não é a solução, mas sim o problema". Se o presidente hollywoodiano estivesse vivo, diria: “Esqueçam o que falei”.
Victor Alberto Danich
Sociólogo
Nenhum comentário:
Postar um comentário