Seguramente o leitor encontrará nesse significado, do ponto de vista formal, um mecanismo de sustentação social reconhecido por sua obviedade, já que um líder é um indivíduo que dirige o grupo transmitindo ideias e valores para o mesmo. Mas o conceito de liderança excede essa formatação, no momento em que a mesma se transforma num compromisso público com a história. Nesse caso, um líder que se destaca por sua inteligência, por seu poder de comunicação e por suas atitudes, direcionadas à construção da igualdade, solapando as velhas estruturas de autoridade e hierarquia, respondendo aos anseios populares sem reverências, é um indivíduo que deve ser reconhecido como tal. Quando o líder nos indica o caminho para viver conforme nossa consciência, além da capacidade de atestar que a realidade da liberdade humana pode combater as supostas inevitabilidades da história, é que podemos dizer que essa escolha marca o caminho de um novo estilo e qualidade de seus seguidores. Tal conceituação sobre liderança está destinada a fazer algumas considerações sobre o nosso atual mandatário. Se por um lado, o pragmatismo leva-me a ultrapassar o caráter partidário, apoiando candidatos de partidos diferentes através do voto útil, por outro, sou um admirador incondicional do presidente Lula. E vou dizer por que.
Muita gente prefere ignorar que o brasileiro Luis Inácio da Silva, nascido pobre e humilde em Caetés, no interior de Pernambuco, em 1945, hoje presidente do Brasil, destaca-se como um dos indivíduos mais influentes de todas as personalidades globais. Na lista publicada pela revista Time, além de mencionar seu nome, o situa proeminente junto a homens de negócios, cientistas e artistas mundialmente conhecidos. A trajetória de Lula e suas deficiências de formação transformaram-se num símbolo contra toda forma de exclusão social, mas que ainda deixa transparecer nas opiniões de alguns setores elitizados, o pouco esforço em disfarçar o preconceito social e de classe. O silêncio desse segmento da sociedade perante o destaque mundial de um brasileiro mestiço, nordestino, de origem pobre e grande déficit de educação formal, os torna cúmplices de uma das piores qualidades do ser humano: o culto à inveja descabida. Muitos ex-presidentes sonharam em alcançar tal reconhecimento. Entretanto, apenas o presidente Lula, em toda a história das relações internacionais do Brasil, teve a honra de ser declarado o “Estadista do Ano”, com ênfase numa “personalidade original, de profundo caráter social e desprovido de complexos neocoloniais”.
Mais isso não é suficiente. Nosso presidente continua sendo ridicularizado por indivíduos que carecem de qualquer tipo de consciência ética, porque se mascaram nos bastidores da internet. Assim mesmo, muitos podem não gostar das minhas ideias. Posso escrever coisas que geram mal-estar. Mas não me escondo. Entro no campo de batalha de frente contra meus desafetos, mas nunca parto para humilhar-los ou desmerecê-los publicamente.
Da mesma forma, o presidente Lula deve ser respeitado. Não só pelo cargo que ocupa, e sim como um ser humano que, numa trajetória de lutas populares pela democracia, ajudou a modelar os rumos da política brasileira. As Nações Unidas, ao escolher o Bolsa Família como símbolo mundial de resgate dos desfavorecidos, coroa o fim do seu mandato.
Vou mais longe ainda. Admirar o presidente Lula não é fazer “culto à personalidade”, e sim reconhecer nele uma liderança que propicia a construção de um Brasil mais solidário, assentando as bases para o desenvolvimento com inclusão social. Essa conceituação encontra-se distante de imaginar nosso presidente como um líder infalível, porque a submissão total se degrada num mero ato religioso. Ela apenas significa o tributo que grande parte da população brasileira faz a uma pessoa que, por seu mérito político, ocupa o lugar que sempre foi restrito a uma determinada classe social, e sai dele fortalecido com a mais original das conquistas: vencer o medo através da esperança.
Muita gente prefere ignorar que o brasileiro Luis Inácio da Silva, nascido pobre e humilde em Caetés, no interior de Pernambuco, em 1945, hoje presidente do Brasil, destaca-se como um dos indivíduos mais influentes de todas as personalidades globais. Na lista publicada pela revista Time, além de mencionar seu nome, o situa proeminente junto a homens de negócios, cientistas e artistas mundialmente conhecidos. A trajetória de Lula e suas deficiências de formação transformaram-se num símbolo contra toda forma de exclusão social, mas que ainda deixa transparecer nas opiniões de alguns setores elitizados, o pouco esforço em disfarçar o preconceito social e de classe. O silêncio desse segmento da sociedade perante o destaque mundial de um brasileiro mestiço, nordestino, de origem pobre e grande déficit de educação formal, os torna cúmplices de uma das piores qualidades do ser humano: o culto à inveja descabida. Muitos ex-presidentes sonharam em alcançar tal reconhecimento. Entretanto, apenas o presidente Lula, em toda a história das relações internacionais do Brasil, teve a honra de ser declarado o “Estadista do Ano”, com ênfase numa “personalidade original, de profundo caráter social e desprovido de complexos neocoloniais”.
Mais isso não é suficiente. Nosso presidente continua sendo ridicularizado por indivíduos que carecem de qualquer tipo de consciência ética, porque se mascaram nos bastidores da internet. Assim mesmo, muitos podem não gostar das minhas ideias. Posso escrever coisas que geram mal-estar. Mas não me escondo. Entro no campo de batalha de frente contra meus desafetos, mas nunca parto para humilhar-los ou desmerecê-los publicamente.
Da mesma forma, o presidente Lula deve ser respeitado. Não só pelo cargo que ocupa, e sim como um ser humano que, numa trajetória de lutas populares pela democracia, ajudou a modelar os rumos da política brasileira. As Nações Unidas, ao escolher o Bolsa Família como símbolo mundial de resgate dos desfavorecidos, coroa o fim do seu mandato.
Vou mais longe ainda. Admirar o presidente Lula não é fazer “culto à personalidade”, e sim reconhecer nele uma liderança que propicia a construção de um Brasil mais solidário, assentando as bases para o desenvolvimento com inclusão social. Essa conceituação encontra-se distante de imaginar nosso presidente como um líder infalível, porque a submissão total se degrada num mero ato religioso. Ela apenas significa o tributo que grande parte da população brasileira faz a uma pessoa que, por seu mérito político, ocupa o lugar que sempre foi restrito a uma determinada classe social, e sai dele fortalecido com a mais original das conquistas: vencer o medo através da esperança.
Victor Alberto Danich
Sociólogo
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