Recentemente, o presidente Lula referiu-se à conspiração do silêncio da grande mídia em relação à caçada descomunal movida contra o sitio WikiLeaks, no qual o seu fundador, o sueco Julian Assange, está sendo perseguido como se fosse – segundo suas próprias palavras – “um criminoso de faroeste”. A imprensa nacional, por outro lado, tão zelosa em resguardar a liberdade de expressão, não manifestou um mínimo de preocupação com uma situação que fere qualquer tipo de direito jornalístico. Qual seria a reação da mídia se fosse o New York Times ou o Washington Post, que tivessem divulgado para o mundo semelhante escândalo? Teriam suas contas congeladas? Seriam acusados de espionagem? Seus editores seriam tratados como exegetas sexuais? Entretanto, quando se trata de usar a imprensa ao serviço dos interesses hegemônicos, não há qualquer restrição para inventar factóides e colocá-los em circulação de forma inconseqüente. A miséria da diplomacia imperial, que se movimenta na sombra construindo mentiras, que se alimenta da insidia e do cinismo, está direcionada a desmerecer países e governantes que se opõem a seus desígnios. Vou relatar uma história que o pasquim, digo, a revista Veja, se exime de divulgar aos seus leitores.
Quando o comando da marinha brasileira, responsável pelas ultracentrífugas para enriquecimento de urânio advertiu ao governo que existia, por parte dos Estados Unidos, a possibilidade de espionagem da tecnologia desenvolvida nacionalmente, levou ao Brasil a tomar uma atitude enérgica em relação aos condicionantes estabelecidos pela Comissão de Energia Atômica – AIEA. Além disso, as relações conturbadas entre o Brasil e os Estados Unidos, cujo problema estava vinculado à política exterior do governo de Lula da Silva, se acirraram quando o chanceler Celso Amorin obteve uma vitória na Organização Mundial do Comércio – OMC, com relação aos subsídios aos produtores de algodão dos Estados Unidos, que ocasionavam perdas comerciais ao Brasil na ordem de 480 milhões de dólares. O desconforto do governo norteamericano foi, como de costume, articulado da forma ignominiosa pela imprensa servil daquele país. Em 9 de maio de 2004, o jornalista Larry Rother, publicou um extenso artigo no New York Times, no qual dizia que o hábito de beber do presidente Lula era uma preocupação nacional. E acrescentava, com desfaçatez infamante, que o “presidente tinha predileção por bebidas fortes”. O artigo provocou uma grande polêmica no país, mas que nem de longe figura entre as principais preocupações nacionais em relação à gestão governamental. A infeliz reportagem esconde uma singela conspiração de dois jornais ao serviço dos interesses comerciais dos Estados Unidos. Por um lado, o New York Times, em relação aos drinques do presidente e, por outro, do Washington Post sobre a produção de urânio enriquecido nas instalações das Indústrias nucleares do Brasil – INB. Tudo leva a pensar que estava montando-se uma campanha de descrédito do presidente Lula da Silva, de modo a apresentá-lo com incompetente e bêbado, abrindo o caminho para substituí-lo por alguém mais próximo dos interesses dos Estados Unidos. Nessa ocasião, o ministro do Planejamento, Guido Mantega, chegou a declarar que o intento de desgaste da figura do presidente estava vinculado à criação do G-20 e a negativa por parte do MERCOSUL da implantação da Área de Livre comércio das Américas – ALCA. Não é de estranhar que os Serviços de Inteligência (diga-se CIA), estivessem envolvidos nessa campanha de difamação através de uma guerra psicológica, utilizada freqüentemente por essa agência contra os castigados governos latinoamericanos. O presidente Lula tem razão em elogiar ao sitio WikiLeaks, já que o mesmo não faz outra coisa do que denunciar e oferecer informação confiável à opinião pública, “sem se render a restrições injustificáveis na divulgação de segredos injustificáveis”, democratizando a informação e reforçando a cidadania.
Quando o comando da marinha brasileira, responsável pelas ultracentrífugas para enriquecimento de urânio advertiu ao governo que existia, por parte dos Estados Unidos, a possibilidade de espionagem da tecnologia desenvolvida nacionalmente, levou ao Brasil a tomar uma atitude enérgica em relação aos condicionantes estabelecidos pela Comissão de Energia Atômica – AIEA. Além disso, as relações conturbadas entre o Brasil e os Estados Unidos, cujo problema estava vinculado à política exterior do governo de Lula da Silva, se acirraram quando o chanceler Celso Amorin obteve uma vitória na Organização Mundial do Comércio – OMC, com relação aos subsídios aos produtores de algodão dos Estados Unidos, que ocasionavam perdas comerciais ao Brasil na ordem de 480 milhões de dólares. O desconforto do governo norteamericano foi, como de costume, articulado da forma ignominiosa pela imprensa servil daquele país. Em 9 de maio de 2004, o jornalista Larry Rother, publicou um extenso artigo no New York Times, no qual dizia que o hábito de beber do presidente Lula era uma preocupação nacional. E acrescentava, com desfaçatez infamante, que o “presidente tinha predileção por bebidas fortes”. O artigo provocou uma grande polêmica no país, mas que nem de longe figura entre as principais preocupações nacionais em relação à gestão governamental. A infeliz reportagem esconde uma singela conspiração de dois jornais ao serviço dos interesses comerciais dos Estados Unidos. Por um lado, o New York Times, em relação aos drinques do presidente e, por outro, do Washington Post sobre a produção de urânio enriquecido nas instalações das Indústrias nucleares do Brasil – INB. Tudo leva a pensar que estava montando-se uma campanha de descrédito do presidente Lula da Silva, de modo a apresentá-lo com incompetente e bêbado, abrindo o caminho para substituí-lo por alguém mais próximo dos interesses dos Estados Unidos. Nessa ocasião, o ministro do Planejamento, Guido Mantega, chegou a declarar que o intento de desgaste da figura do presidente estava vinculado à criação do G-20 e a negativa por parte do MERCOSUL da implantação da Área de Livre comércio das Américas – ALCA. Não é de estranhar que os Serviços de Inteligência (diga-se CIA), estivessem envolvidos nessa campanha de difamação através de uma guerra psicológica, utilizada freqüentemente por essa agência contra os castigados governos latinoamericanos. O presidente Lula tem razão em elogiar ao sitio WikiLeaks, já que o mesmo não faz outra coisa do que denunciar e oferecer informação confiável à opinião pública, “sem se render a restrições injustificáveis na divulgação de segredos injustificáveis”, democratizando a informação e reforçando a cidadania.
Victor Alberto Danich
Sociólogo
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