Quando o sociólogo alemão Max Weber dizia que a doutrina protestante preparou o terreno para as atitudes religiosas individualistas, baseou-se na concepção da justificação pela fé, que terminou assentando as bases da confiança individualista na consciência particular de cada um. Essa interpretação fundamentada na vontade de Deus pelo próprio indivíduo, serviu para que os dogmas protestantes ajudassem aos capitalistas a dizerem que “os lucros eram considerados uma vontade de Deus, uma marca de Seus favores e uma prova de sucesso em se ter sido chamado”. Na década de 30, o economista inglês John Maynard Keynes, demonstrou que o mito do mercado auto-ajustado tinha perdido seu sentido ideológico perante a crise de 1929, e provou que a interferência do governo na economia através da tributação, dos empréstimos e gastos, poderia salvar o capitalismo das crises cíclicas e do ataque das doutrinas socialistas. A publicação da “Teoria Geral do Emprego, dos juros e da Moeda” provou sua eficácia, teoricamente ao menos, durante a Segunda Guerra Mundial. Os enormes gastos governamentais norte-americanos mobilizaram contingentes enormes de mão-de-obra, que produziram entre 1939 a 1945, 296.000 aviões, 5.400 cargueiros, 6500 navios de guerra, 64.500 jipes, 86.000 tanques, 2.500.000 caminhões conjuntamente com uma enorme produção de armamentos individuais e alimentos para 14 milhões de soldados aquartelados.
O Plano Marshall de 1947, que viabilizou na prática a reconstrução econômica da Europa através de investimentos estratégicos, serviu como instrumento econômico e financeiro para efetivar a consolidação da área de influência americana naquele continente. Logo vem a guerra da Coréia e do Vietnam até o final da “Guerra Fria” que termina com o colapso da União Soviética. O mundo é redimensionado através da globalização econômica que, sob a hegemonia incontestável dos Estados Unidos, leva-nos rumo a um mundo unipolar, de concepção claramente imperialista. O dia 11 de setembro de 2002 é o ponto de partida simbólico para uma nova “estratégia global imperial”.
O sentido fundamentalista contido no discurso de Bush, que cita o Iraque como parte do “eixo do mal” é apenas a fachada para reativar a economia americana nos parâmetros da influência militar de pós-guerra, tipicamente Keynesiana. A destruição do Iraque é um alerta aos países árabes para não abandonarem o padrão dólar como moeda hegemônica. O espírito do capitalismo prevalece até na entrega de água para os refugiados, que os americanos querem cobrar. Pode-se imaginar quantos grandes negócios serão feitos com a derrocada do “Ditador Hussein”. Tudo parece tão irreal que a institucionalização da guerra precisou da “solidariedade protocolar” do arquipélago de Tonga, pequena monarquia do Sul do Pacífico, como o quadragésimo nono aliado da Coalizão.
Victor Alberto Danich
Sociólogo – Professor do Centro Universitário de Jaraguá do Sul – UNERJ
O Plano Marshall de 1947, que viabilizou na prática a reconstrução econômica da Europa através de investimentos estratégicos, serviu como instrumento econômico e financeiro para efetivar a consolidação da área de influência americana naquele continente. Logo vem a guerra da Coréia e do Vietnam até o final da “Guerra Fria” que termina com o colapso da União Soviética. O mundo é redimensionado através da globalização econômica que, sob a hegemonia incontestável dos Estados Unidos, leva-nos rumo a um mundo unipolar, de concepção claramente imperialista. O dia 11 de setembro de 2002 é o ponto de partida simbólico para uma nova “estratégia global imperial”.
O sentido fundamentalista contido no discurso de Bush, que cita o Iraque como parte do “eixo do mal” é apenas a fachada para reativar a economia americana nos parâmetros da influência militar de pós-guerra, tipicamente Keynesiana. A destruição do Iraque é um alerta aos países árabes para não abandonarem o padrão dólar como moeda hegemônica. O espírito do capitalismo prevalece até na entrega de água para os refugiados, que os americanos querem cobrar. Pode-se imaginar quantos grandes negócios serão feitos com a derrocada do “Ditador Hussein”. Tudo parece tão irreal que a institucionalização da guerra precisou da “solidariedade protocolar” do arquipélago de Tonga, pequena monarquia do Sul do Pacífico, como o quadragésimo nono aliado da Coalizão.
Victor Alberto Danich
Sociólogo – Professor do Centro Universitário de Jaraguá do Sul – UNERJ
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