No início da década de 90 estava desconsolado pelos rumos da economia mundial. O triunfo do modelo neoliberal assentado nas ruínas do antigo império soviético, fazia com que as esquerdas de lanchonete entrassem num colapso ideológico profundo. As bandeiras de justiça e igualdade social já não importavam. Agora era a vez de ajustar-se ao novo dono do poder mundial – o mercado – e partir, sem restrições, para a criminalização do Estado, que deveria ser no máximo: “mínimo”. Neste início de século estamos presenciando uma alternativa diferente, que me regozija o coração. O liberalismo econômico está entrando na sua etapa senil. América latina, que é o continente do qual me orgulho de pertencer, está começando a se livrar das hostes do imperialismo globalizado, que nos escravizava nas garras de uma dívida monstruosa.
Felizmente, o pragmatismo do governo brasileiro nos coloca numa situação privilegiada neste crisol de nacionalidades, de modo a construir uma liderança inquestionável no continente. O esforço magistral nestes últimos anos, de modo a dimensionar uma política econômica com capacidade para suportar os ataques especulativos do modelo neoliberal, teve como resultado um fato inédito na história do nosso país. De uma dívida externa, em dezembro de 2002 de US$ 165 bilhões, que colocava o Brasil em situação de “default”, hoje é apenas de US$ 4bilhões. Isso mostra que nossas reservas internacionais apresentam uma evolução sem precedentes, atingindo o patamar de US$ 180,3 bilhões ao final de 2007. O trabalho em conjunto com os outros países integrantes do Mercosul, principalmente na resistência as sugestões recessivas do Banco Mundial e do Fundo Monetário Internacional, além da armadilha do famoso ALCA, foram os passos decisivos para consolidar nossa independência econômica. Tudo isso se reflete no aumento de popularidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao patamar de 66.8% neste mês. Fato inédito que corrobora o pensamento do grande sociólogo Florestán Fernandes, que sempre dizia em suas inesquecíveis palestras: “seis meses na diretoria de um sindicato, valem por seis anos de sociologia numa universidade”.
Victor Alberto Danich
Sociólogo
Felizmente, o pragmatismo do governo brasileiro nos coloca numa situação privilegiada neste crisol de nacionalidades, de modo a construir uma liderança inquestionável no continente. O esforço magistral nestes últimos anos, de modo a dimensionar uma política econômica com capacidade para suportar os ataques especulativos do modelo neoliberal, teve como resultado um fato inédito na história do nosso país. De uma dívida externa, em dezembro de 2002 de US$ 165 bilhões, que colocava o Brasil em situação de “default”, hoje é apenas de US$ 4bilhões. Isso mostra que nossas reservas internacionais apresentam uma evolução sem precedentes, atingindo o patamar de US$ 180,3 bilhões ao final de 2007. O trabalho em conjunto com os outros países integrantes do Mercosul, principalmente na resistência as sugestões recessivas do Banco Mundial e do Fundo Monetário Internacional, além da armadilha do famoso ALCA, foram os passos decisivos para consolidar nossa independência econômica. Tudo isso se reflete no aumento de popularidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao patamar de 66.8% neste mês. Fato inédito que corrobora o pensamento do grande sociólogo Florestán Fernandes, que sempre dizia em suas inesquecíveis palestras: “seis meses na diretoria de um sindicato, valem por seis anos de sociologia numa universidade”.
Victor Alberto Danich
Sociólogo